MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O ex-técnico de basquete do Real Madrid, Chus Mateo, admitiu estar em "choque" após ser oficialmente demitido de seu cargo na quinta-feira, apesar de ter conquistado seis títulos nos últimos seis anos e a Liga Endesa na semana passada, assumindo as decisões do clube branco com a "cabeça erguida".
"Estou tranquilo, você tem que assumir certas coisas que não dependem de você. Estou há três anos no Real Madrid e deixei minha vida nele, dei tudo de mim", disse em entrevista ao programa El Larguero, da Cadena Ser, poucas horas depois do anúncio oficial de sua saída do clube.
"Estou um pouco triste, sem dúvida, sempre há esperança, às vezes você sempre ouve rumores de que alguém pode vir para substituí-lo, desde o primeiro dia, nunca houve tranquilidade absoluta, mas eu tentei compensar com trabalho", acrescentou.
Os rumores se tornaram realidade na quinta-feira, embora Mateo tenha revelado que a decisão foi comunicada a ele há três dias, sem nenhum contato com o presidente do clube, Florentino Pérez. "Sim, eu estava com medo, não é à toa, eu estava ouvindo certos rumores, que vinham acontecendo desde antes dos playoffs. Quando você ganha o campeonato, pensa que eram os boatos de sempre, que não tinham base real, e você vai continuar, porque realmente tem mais um ano de contrato", confessou.
"Provavelmente há três dias (ele sabia). Juan Carlos Sánchez me disse que eu não continuaria. Ele me disse que gostaria que não fosse assim, e eu entendi que a decisão não era dele, mas não quis me aprofundar muito. Desfrutei de três anos magníficos. Espero que os títulos continuem, sou de Madri", acrescentou.
"Nós nos cumprimentamos nas comemorações na Comunidade e na Prefeitura, mas não tive mais notícias dele. No momento, não, talvez amanhã ele me mande uma mensagem. Eu também não penso muito sobre isso. Não dou valor à maneira como os outros agem", comentou sobre Florentino. Em suma, Mateo avaliou seus últimos três anos com satisfação.
"Tive a sorte de estar bem cercado, ganhamos títulos. Discutir qualquer tipo de resultado não faz sentido, e dá para entender que se queira mudar a seção e é preciso aceitar, pensar que seu trabalho foi bom e sair de cabeça erguida. Muitas coisas vão ficar na minha memória, no clube da minha vida, no clube que eu amo", disse.
Por outro lado, Mateo falou com tranquilidade sobre seu futuro, apesar de o cargo de técnico da seleção continuar vago, já que Sergio Scariolo é seu substituto no Madri. "Eu gostaria de continuar treinando. É verdade que é preciso se acalmar um pouco e ver essa situação, é um pouco chocante, para mim é triste não poder continuar fazendo seu trabalho. É a minha profissão, eu entendo isso, sei que terei mais opções", disse ele.
"É verdade que nesta fase senti uma responsabilidade especial, no auge das exigências deste clube. Acho que sempre fiz isso com dignidade, com um estilo diferente, sem levantar muito a voz e tentando baixar um pouco o pulso. Gostaria de parar um pouco. O banco de reservas do Madri pressiona um pouco, no sentido de nos sentirmos muito responsáveis. Tenho de dar um pouco de retorno aos pequenos, tenho dois filhos de três e seis anos", acrescentou.
"Como eu poderia não gostar de treinar a seleção espanhola, espero, a seleção nacional e muitos clubes. Talvez haja muitos candidatos para esse cargo, o nível dos técnicos na Espanha é incrível", disse ele, desejando sorte a Scariolo no time branco.
Além disso, o técnico do time madrilenho elogiou o que já conquistou. "O trabalho sempre foi o mesmo e os resultados que alcançamos, ganhando metade dos títulos possíveis, chegando a 10 finais em 12, me fazem sentir feliz. Também acho que ter lendas no Real Madrid, ser o quarto técnico com mais títulos e jogos ganhos me deixa orgulhoso", concluiu.
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