MADRID 15 abr. (EUROPA PRESS) -
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, defendeu nesta terça-feira que o time deve jogar a partida de volta das quartas de final da Liga dos Campeões contra o Arsenal, com uma derrota por 3 a 0, "com cabeça, coração e bolas", citando a fórmula do tenista Carlos Alcaraz, embora tenha insistido que "a cabeça fria será muito importante", porque é preciso "ter o controle da partida".
"A torcida é muito importante, porque muitas vezes o empurrão da torcida nos ajudou muito, especialmente nos últimos anos, no passado, e acho que vai ser a mesma coisa amanhã. Obviamente, precisamos jogar no nosso nível máximo para tentar mudar um empate que está muito complicado no momento", começou o técnico italiano em sua entrevista coletiva.
E ele não demorou a dar a receita para a volta por cima na quarta-feira, citando o jogador de tênis e torcedor confesso do Madrid, Carlos Alcaraz. "Temos de jogar um jogo sério, com cabeça, com coração e com coragem. Gostei muito do que Alcaraz disse. A equipe está motivada, animada. Em um nível de comprometimento, em um nível mental, estamos muito bem. A cabeça fria vai ser muito importante, porque temos de ter um bom controle do jogo", analisou.
"O Real Madrid tem os recursos para mudar esse empate porque temos a qualidade, o comprometimento, a experiência, a torcida. Os recursos estão lá. Temos que tirar o melhor de cada um de nós. Além disso, no passado ninguém nos disse que jogávamos um futebol espetacular, porque mais do que espetacular, queremos jogar um futebol eficaz", disse ele.
O jogador do Reggiolo disse que tentarão "algo" em relação ao sistema ou à tática, embora "nada de especial", e refletiu sobre o conceito de magia associado ao Bernabéu. "Tentaremos jogar um jogo intenso, tentando pressionar, com mais controle do que no jogo de ida. Sem magia, porque ela não existe", disse ele, embora tenha sido rápido em apontar que o estádio de Madri "tem magia".
"Todos sabem que é uma atmosfera especial. Amanhã precisamos de um pouco de tudo, uma boa conexão entre as coisas, a qualidade que temos, um jogo completo em nível físico, em nível de atitude coletiva. Para voltar, acho que nenhuma dessas coisas pode falhar", acrescentou.
Ancelotti não está tão entusiasmado com um início arrasador e com aquele gol logo no início para aumentar a confiança dentro e fora do campo. "É claro que marcar logo no início é uma parte importante do jogo, mas a parte mais importante é ter um bom controle e tentar fazer o melhor possível no início. Quando se tem um bom controle do jogo, é possível atacar a cada minuto", alertou.
Como em outras ocasiões, o italiano revelou que em suas conversas ele não se concentra tanto no aspecto motivacional quanto na estratégia, uma seção na qual ele quer que o jogador tenha "clareza", porque assim ele é "capaz de obter um melhor desempenho individual".
"Ontem eu não disse a ele nada de especial. Eu estava falando sobre o aspecto emocional, sobre motivação, sobre como temos de viver esses jogos. Acho que a motivação está lá. Também quero que o jogador esteja calmo ao se preparar para os jogos, que esteja convencido. A única coisa de que não temos certeza é que podemos conseguir esse resultado, mas tenho certeza de que vamos dar o melhor de nós", acrescentou.
Em particular, ele vive esse tipo de partida "concentrado", com a "cabeça muito fria". "Não acho que seja o primeiro jogo desse nível para mim. Espero que não seja o último, porque esta é uma competição muito especial, especialmente para mim. Mais do que a preocupação, acima de tudo a ilusão de ser o protagonista do banco nessas partidas, e essa ilusão me permite manter a cabeça muito fria", disse ele.
"O pessimismo é visto com confiança, com a seriedade que você também precisa ter nos momentos difíceis, porque se você sair dos momentos difíceis, obviamente terá muito mais energia. Também temos de ter isso em mente, sair desse jogo pode significar muito nesta competição", refletiu ele sobre como enfrentar jogos negativos como o jogo de ida.
Por fim, ele reconheceu a importância de um jogador como Kylian Mbappé, "magoado" e "decepcionado" com sua expulsão em Mendizorroza. "Tem que ser a grande noite dele, o time precisa dele mais do que nunca. Ele está muito motivado. Precisamos dele, porque aqui não se trata apenas de defender, é preciso marcar gols. Ele marcou muitos gols nesta temporada, mas mais do que nunca precisamos dos gols dele", concluiu.
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