MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
A Associação Espanhola de Árbitros de Futebol (AESAF) informou nesta quinta-feira que está avaliando a possibilidade de comparecer no processo de vídeo da Real Madrid TV contra o coletivo de árbitros, e no "caso Negreira", pelos pagamentos do Barça ao ex-vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA), José María Enríquez Negreira, segundo um comunicado de imprensa.
"Vamos continuar estudando, junto com nossos assessores, a possibilidade e a oportunidade de aparecer no processo para reforçar e dar maior legitimidade à ação judicial, aparecendo como representantes do coletivo de árbitros sujeitos ao assédio citado na decisão judicial", disse o sindicato.
Isso se refere à sentença emitida na terça-feira pelo Tribunal Central de Controvérsias Administrativas número 4 de Madri, que deu provimento ao recurso apresentado pela LaLiga e ordenou a reabertura do processo disciplinar contra o coletivo de árbitros pelos vídeos da TV do Real Madrid.
Uma resolução com a qual a AESAF ficou satisfeita, "na medida em que considera que a conduta do Real Madrid CF pode constituir uma infração disciplinar, de acordo com os artigos 66, 68, 69, 69, 70 e 106 do Código Disciplinar da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF)", disse o comunicado, pois entendeu que os vídeos transmitidos poderiam ir além da mera crítica esportiva e afetar a integridade da competição e a honra do coletivo de árbitros, de acordo com a decisão.
Além disso, o tribunal rejeita que tal conduta esteja coberta pela liberdade de expressão e informação, ressaltando que esse direito é limitado pelo respeito às regras do jogo e pela proibição de assédio ou intimidação dos árbitros.
"Para a AESAF, esta decisão reconhece a relevância do caso, pois estabelece que o mérito do caso põe em questão a honra do coletivo e ataca a independência do trabalho dos juízes esportivos da competição, o que não podemos e não devemos permitir do mundo do futebol, para o bem do nosso esporte", disse ele.
Em resumo, a decisão obriga a RFEF a reabrir o processo disciplinar contra o Real Madrid CF, permitindo provas que haviam sido negadas anteriormente, a fim de garantir "um procedimento com todas as garantias e o devido esclarecimento dos fatos".
A AESAF também está estudando o caso conhecido como "caso Negreira", aberto no Tribunal Superior de Barcelona e que investiga os pagamentos feitos pelo FC Barcelona ao ex-vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA) da RFEF, José María Enríquez Negreira. "Instruímos nossos serviços jurídicos a iniciar procedimentos para estudar a possibilidade de nos apresentarmos como acusação privada nos processos atualmente em andamento", disse o comunicado.
"Nesse processo, há uma acusação de corrupção na profissão de árbitro que não podemos compartilhar de forma alguma, pois podemos afirmar, sem qualquer dúvida, que nenhum colega, durante toda a sua atividade no campo de jogo, tomou qualquer decisão esportiva com base na suposta influência que Enríquez poderia ter sobre o nosso coletivo", apontaram.
Diante dessa situação, a AESAF insistiu que defenderá a "honra e a imagem" do coletivo de árbitros nos tribunais. "Estamos cientes de que se trata de uma gestão complexa e difícil, mas acreditamos que é nossa responsabilidade tentar", disseram.
"Em conclusão, estamos avaliando ambos os casos em nível legal e agiremos da mesma forma no futuro em qualquer outro assunto que ameace a honra, a integridade e a reputação do coletivo de arbitragem", concluiu o comunicado.
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