Publicado 17/11/2025 11:38

Von der Leyen considera a possibilidade de combinar o uso de ativos russos com outras opções para financiar a Ucrânia

HANDOUT - 23 de outubro de 2025, Bélgica, Bruxelas: O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (à direita) cumprimenta a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a Cúpula do Euro no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas. Foto: Dati B
Dati Bendo/European Commission/d / DPA

BRUXELAS 17 nov. (EUROPA PRESS) -

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enviou nesta segunda-feira às capitais as três opções para financiar a Ucrânia nos próximos dois anos, incluindo o uso de ativos russos congelados, e abre a porta para combiná-las porque "não são mutuamente exclusivas" e a prioridade deve ser resolver a "situação urgente" que Kiev enfrenta.

Em uma carta aos líderes, à qual a Europa Press teve acesso, Von der Leyen adverte que todas as opções terão "um impacto diferente" para cada Estado membro e, portanto, qualquer que seja o sistema escolhido pelos 27, será necessário "um compromisso coletivo e uma sólida solidariedade" para se chegar a um acordo.

Von der Leyen admite que "não há opções fáceis" e que as medidas são "drásticas, tanto em sua concepção quanto em suas implicações", mas adverte a UE-27 de que a União "não pode se dar ao luxo de ficar paralisada, seja por indecisão ou pela busca de soluções perfeitas ou simples que não existem".

Com as três opções sobre a mesa, acrescenta o conservador alemão, "agora será fundamental chegar rapidamente a um compromisso claro" que permita aos chefes de Estado e de governo chegar a um acordo na próxima cúpula, em dezembro, para garantir o "financiamento necessário" para os esforços de segurança e defesa da Ucrânia no período de 2026-2027, que eles estimam em 135,7 bilhões de euros.

O chefe do executivo da UE insiste na importância de um acordo para "manter a pressão sobre a Rússia, negar-lhe a esperança de vitória e estabelecer as bases para a suspensão das hostilidades e para as tão esperadas negociações de paz".

Nesse contexto, Von der Leyen pede aos líderes que garantam que a solução acordada atenda aos principais parâmetros de referência, como a "rápida disponibilização" do financiamento - de modo que os primeiros desembolsos possam ser feitos no segundo trimestre de 2026 -, a garantia da sustentabilidade da dívida da Ucrânia e a não criação de uma carga fiscal adicional para o país.

Ele também observa que a assistência deve ser "flexível o suficiente" para se adaptar às incertezas dos próximos anos para a Ucrânia e que deve haver "compartilhamento equitativo do ônus com os parceiros internacionais".

ATIVOS RUSSOS, EMPRÉSTIMOS BILATERAIS OU DÍVIDA CONJUNTA

Desde que Von der Leyen levantou pela primeira vez a questão do uso do dinheiro gerado pelos ativos russos congelados para financiar um empréstimo de reparo para Kiev em setembro, o apoio entre a UE cresceu para uma maioria, apesar da firme rejeição da Bélgica - onde a Euroclear, a instituição com o maior volume de ativos soberanos russos congelados, está sediada - devido aos riscos legais e financeiros apresentados pelo congelamento dos ativos russos.

Nesse contexto, a presidente da Comissão enfatiza em sua carta aos líderes que as três opções não apenas "não são mutuamente exclusivas", mas podem ser "combinadas ou sequenciadas", desde que atendam aos critérios de urgência, disponibilidade e escopo necessários para apoiar a Ucrânia e garantir o funcionamento de sua administração durante a guerra.

Por exemplo, ele sugere a combinação das opções de doações bilaterais e emissão conjunta de dívida como uma "solução de transição" enquanto a UE negocia e chega a um acordo sobre a nova estrutura orçamentária de sete anos pós-2027.

Nos detalhes das opções, sobre o empréstimo de reparações a Kiev financiado com liquidez de ativos russos, os serviços da UE fornecem mais esclarecimentos sobre as garantias legais para minimizar os riscos, incluindo garantias "juridicamente vinculativas, incondicionais, irrevogáveis e necessárias" dos Estados membros. As garantias, diz o texto, também cobririam os riscos decorrentes de tratados bilaterais de investimento ligados ao congelamento dos ativos soberanos russos, mesmo depois que o congelamento fosse suspenso.

Como alternativa ao uso dos ativos russos, o executivo da UE propõe uma ajuda europeia de "pelo menos 90 bilhões de euros" financiada por créditos bilaterais dos estados-membros, enquanto a terceira opção é que a UE recorra aos mercados financeiros para financiar 90 bilhões de euros de ajuda com dívida conjunta, embora os juros sejam arcados pelos estados-membros.

No último caso, além disso, Bruxelas esclarece que os Estados membros devem oferecer "garantias legalmente vinculantes, incondicionais, irrevogáveis e necessárias". Como no caso do financiamento da ajuda com ativos russos, nesse caso, Kiev não terá que pagar até que haja paz e Moscou pague pelos danos causados na Ucrânia.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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