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MADRID 4 nov. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, criticou a postura restritiva do Banco Central do Brasil ao manter as taxas de juros em 15% em um contexto marcado por uma inflação de 4,5%, dois pontos percentuais acima da meta estabelecida pela autoridade monetária.
"Por mais que os bancos pressionem o Banco Central para não baixar as taxas de juros, elas terão que baixar. Não há como manter uma taxa de juros real de 15% com uma inflação de 4,5%", disse ele durante um evento da Bloomberg em São Paulo.
Haddad garantiu que, se fosse governador do banco central, "votaria a favor da redução", embora o órgão tenha optado por unanimidade por manter a taxa de juros de referência em 15% há três semanas.
O ministro das finanças minimizou a importância das preocupações fiscais que a instituição cita como uma das principais causas do fato de as expectativas de inflação não permanecerem ancoradas. "Temos uma taxa muito restritiva. Não estamos discutindo se ela tinha que estar em um nível restritivo, mas sim a dosagem do remédio", especificou.
Espera-se que o banco central mantenha as taxas novamente em sua próxima reunião de política monetária na quarta-feira, mas Haddad disse que agora é hora de iniciar um ciclo de flexibilização. "Na minha opinião, é hora de começar a pensar em uma mudança de rumo", acrescentou.
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