Publicado 20/12/2025 11:59

Lula pede "vontade e coragem" para fechar o acordo UE-Mercosul de uma vez por todas

19 de dezembro de 2025, São Paulo, São Paulo, Brasil: São Paulo (SP), 19/12/2025 - Natal/Lula/Recicladores/SP - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participará, nesta sexta-feira (19), da cerimônia de encerramento da 12ª edição da Expocatad
Europa Press/Contacto/Leco Viana, Leco Viana

MADRID 20 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu um exercício de "vontade política e coragem" para finalizar o tão esperado acordo entre a UE e o Mercosul, cuja assinatura foi novamente bloqueada nesta semana.

"Sem a vontade política e a coragem dos líderes, não será possível concluir uma negociação que já se arrasta por 26 anos. Enquanto isso, o Mercosul continuará trabalhando com outros parceiros", disse Lula na abertura da reunião de líderes do Mercosul em Foz do Iguaçu, Brasil.

Os países do Mercosul e a Comissão Europeia, que fala pelos 27 em questões comerciais, contavam com a assinatura do acordo na cúpula deste sábado, dias depois de um ano do anúncio do fim das negociações em Montevidéu.

No entanto, para que essa assinatura fosse possível e, assim, permitisse a entrada em vigor provisória enquanto se aguarda a conclusão do processo completo de ratificação, Von der Leyen precisava de um mandato da UE-27, adotado por uma maioria qualificada dos estados-membros.

A advertência do presidente francês Emmanuel Macron de que o acordo, em sua forma atual, ainda não é aceitável para a França complicou o sinal verde do mandato, mas ainda não somou a minoria de bloqueio necessária para impedi-lo, apesar das reservas de outros parceiros, como Polônia, Hungria, Áustria e Bélgica.

Por fim, foi a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que avisou na quinta-feira que achava prematuro assinar o pacto, mas que estava disposta a fazê-lo mais tarde, quando as exigências dos agricultores fossem atendidas, o que desequilibrou a balança e frustrou a assinatura de hoje.

No entanto, Lula expressou sua confiança de que as melhores previsões serão cumpridas e o acordo será assinado no próximo mês, sob a presidência rotativa de Santiago Peña, do Paraguai.

"Espero que as coisas aconteçam para o bem do nosso Mercosul, para o bem do multilateralismo e para o bem do desenvolvimento do nosso país", disse Lula.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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