MADRID 15 dez. (EUROPA PRESS) -
A iRobot, fabricante dos aspiradores Roomba, e várias subsidiárias entraram com um pedido de proteção voluntária contra falência, de acordo com o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, como parte do acordo de reestruturação firmado com a empresa chinesa Shenzhen Picea Robotics e sua subsidiária Santrum Hong Kong para adquirir 100% da empresa norte-americana, que não será mais listada na Nasdaq.
A iRobot, que continuará a operar normalmente durante a falência e espera concluir o processo até fevereiro de 2026, considera esse acordo de reestruturação "um passo crucial" para fortalecer a base financeira da empresa e posicioná-la para o crescimento a longo prazo.
De acordo com os termos do acordo, a Picea, principal credora e fabricante da iRobot, receberá 100% das ações da empresa, permitindo que a empresa continue a operar e melhore sua estabilidade financeira, além de reduzir a dívida e impulsionar a inovação em seu portfólio de robótica e casa inteligente.
Após a conclusão da transação, a iRobot se tornará uma empresa privada de propriedade integral da Picea e suas ações deixarão de ser negociadas na Nasdaq Stock Market. Além disso, a iRobot prevê que, se o Tribunal Distrital de Delaware aprovar o plano de falência, os acionistas da empresa não receberão nenhuma participação acionária na empresa reorganizada, de modo que os acionistas "sofrerão uma perda total e não recuperarão seu investimento".
"O anúncio de hoje é um marco fundamental para garantir o futuro de longo prazo da iRobot", disse Gary Cohen, CEO da iRobot.
A fabricante do Roomba, fundada em 1990 e que abriu seu capital em 2005, alertou em março passado sobre "dúvidas substanciais" quanto à sua capacidade de continuar operando diante da incerteza sobre o impacto da concorrência, das condições macroeconômicas e das tarifas sobre a demanda dos consumidores.
Em janeiro de 2024, a gigante americana do comércio eletrônico Amazon cancelou um acordo para adquirir a iRobot, dizendo que era improvável que a transação obtivesse aprovação dos órgãos reguladores da UE, que haviam alertado meses antes que a compra poderia "restringir" a concorrência.
Após o fracasso do acordo, a iRobot anunciou um plano de reestruturação para fortalecer sua base financeira e envolveu uma redução da força de trabalho de mais de 50%.
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