A medida não afetará os produtos fabricados na China por empresas com investimentos europeus, de acordo com o Ministério do Comércio.
MADRID, 6 jul. (EUROPA PRESS) -
O governo chinês anunciou neste domingo que suas restrições à compra de dispositivos médicos para empresas sediadas na União Europeia entrarão em vigor com efeito imediato, em um novo episódio do conflito entre Pequim e Bruxelas nessa área.
Essas empresas serão impedidas de participar de licitações governamentais de valor superior a 45 milhões de yuans (5,3 milhões de euros) para determinados dispositivos médicos, em uma medida muito semelhante à anunciada no mês passado por Bruxelas.
Em 20 de junho, o Comissário de Comércio e Segurança Econômica da UE, Maros Sefcovic, anunciou que a UE proibiria este mês os fabricantes chineses de participarem de licitações para contratos governamentais de valor superior a 5 milhões de euros no setor de dispositivos médicos, em retaliação à discriminação enfrentada pelas empresas europeias do mesmo setor na China.
De acordo com dados coletados em uma investigação de Bruxelas, Pequim impõe restrições legais e administrativas "significativas e recorrentes", sendo que 87% das licitações públicas no setor estão sujeitas a medidas e práticas que "excluem e discriminam" as entidades da UE.
Em seu anúncio de resposta, o Ministério do Comércio da China lamenta que "a UE tenha ignorado a boa vontade e a sinceridade da China e insistido em impor medidas restritivas e construir novas barreiras protecionistas".
"Portanto, a China não teve escolha a não ser adotar medidas restritivas recíprocas, que visam proteger os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e manter um ambiente competitivo justo", disse o porta-voz, antes de esclarecer que as medidas se aplicam apenas aos dispositivos médicos importados da UE e não afetam os produtos fabricados na China por empresas com investimentos europeus.
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