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BRUXELAS 4 dez. (EUROPA PRESS) -
A Comissão Europeia abriu uma investigação contra a Meta para esclarecer se a gigante da tecnologia coloca obstáculos anticompetitivos no acesso de provedores de Inteligência Artificial (IA) à sua plataforma de mensagens WhatsApp, limitando com sua política que provedores que não sejam seu próprio serviço alcancem seus clientes através do WhatsApp.
"Estamos investigando se a nova política da Meta pode ser ilegal de acordo com as regras de concorrência e se devemos agir rapidamente para evitar qualquer dano irreparável à concorrência no campo da IA", disse a vice-presidente de concorrência da UE, Teresa Ribera, em um comunicado anunciando a investigação.
Especificamente, os serviços da UE estão examinando se a nova política da Meta, introduzida em outubro passado, impedirá que os provedores de IA usem uma ferramenta que permita que as empresas se comuniquem com seus clientes por meio do serviço comercial 'WhatsApp Business' se a IA for o principal serviço oferecido por essa empresa a seus clientes. No entanto, as empresas ainda podem usar ferramentas de IA para funções auxiliares ou de suporte, como o atendimento automatizado ao cliente oferecido pelo WhatsApp.
Nesse contexto, Bruxelas teme que essa nova política possa impedir que provedores de IA terceirizados ofereçam seus serviços por meio do WhatsApp no Espaço Econômico Europeu (EEE), o que viola as regras de concorrência da UE. A atualização dos termos e condições do aplicativo para empresas já se aplica a novos usuários, enquanto os provedores que já estavam no aplicativo têm até 15 de janeiro de 2026 para fazer a atualização.
"Como resultado da nova política, os provedores de IA concorrentes podem não conseguir entrar em contato com seus clientes via WhatsApp", alerta a Comissão Europeia, que investigará a situação em todo o Espaço Econômico Europeu, exceto na Itália, onde as autoridades nacionais competentes já têm seu próprio processo em andamento.
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