BRUXELAS 31 out. (EUROPA PRESS) -
A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira que entrará em negociações com a Polônia, Eslováquia e Hungria para suspender as restrições às exportações agrícolas ucranianas, após a entrada em vigor de um novo acordo comercial com a Ucrânia sobre o livre comércio de produtos agrícolas que contém salvaguardas para os países europeus.
Falando em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, o porta-voz comercial da UE, Olof Gill, argumentou que o acordo representa um "sustento econômico vital" para a Ucrânia, bem como boas condições de comércio para seus produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que fornece "proteções sólidas e adequadas" para setores europeus sensíveis, incluindo o agroalimentar.
Nesse sentido, ele confirmou que Bruxelas estabelecerá contatos com a Polônia, a Eslováquia e a Hungria "a fim de fazer com que eles removam as proibições" que esses Estados-Membros mantêm em relação aos produtos ucranianos, apesar do novo pacto comercial firmado com Kiev.
Gill insistiu que Bruxelas dará prioridade ao diálogo com os Estados membros, ressaltando que essa é a maneira pela qual a Comissão Europeia se concentrará "por enquanto". "Só consideraremos outras opções se essas conversas não levarem ao resultado desejado", disse ele, referindo-se a uma possível queixa ao Tribunal de Justiça da UE.
A posição do executivo da UE é que as medidas nacionais contra as exportações ucranianas são desnecessárias com a entrada em vigor do novo acordo. "Acreditamos e estamos convencidos de que esse equilíbrio foi alcançado adequadamente, não acreditamos que haja qualquer justificativa para prolongar as proibições de exportação", indicou o porta-voz da UE.
Já na segunda-feira, o comissário da Agricultura, Christophe Hansen, enfatizou que o novo acordo com a Ucrânia sobre o livre comércio de produtos agrícolas torna desnecessárias as medidas protecionistas dos Estados membros contra as exportações ucranianas.
Após o acordo alcançado para modernizar a Área de Livre Comércio Abrangente e Profundo (DCFTA), que permitirá uma abertura parcial e progressiva no setor agrícola, Hansen argumentou que, com "o novo relacionamento" com a Ucrânia, não haverá necessidade de medidas unilaterais.
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