MADRID 25 mar. (EUROPA PRESS) -
O Banco Central do Brasil anunciou que aumentará novamente as taxas de juros em sua próxima reunião de política monetária, embora o aumento seja menor do que em março, quando optou por um aumento de 100 pontos-base.
Isso está refletido na ata da última reunião de política monetária, realizada em meados de março, que foi divulgada na terça-feira. Naquela reunião, o Banco decidiu aumentar as taxas de juros para 14,25%.
Olhando para o futuro, o banco advertiu que o ciclo de aumento "não chegou ao fim", dado o cenário adverso para a dinâmica da inflação. Entretanto, devido às defasagens inerentes ao atual ciclo monetário, o comitê considerou apropriado comunicar que o próximo movimento seria de menor magnitude.
Por enquanto, não foi dado um valor concreto para o aumento, dada a maior incerteza, e isso será determinado "pelo firme compromisso de atingir a meta de inflação" e dependerá da dinâmica da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
O banco colocou o foco no ambiente global, que continua desafiador, devido às perspectivas políticas e econômicas dos Estados Unidos, principalmente por causa da incerteza sobre a política comercial e seus efeitos. "Esse cenário levanta mais questões sobre o ritmo da desaceleração econômica, a desinflação e, consequentemente, a postura da política monetária do Fed e o ritmo de crescimento em outros países", diz.
Por esse motivo, o banco está "firmemente convencido" de que as políticas devem ser "previsíveis, confiáveis e contracíclicas" e que é necessária maior cautela na condução da política monetária doméstica.
No âmbito interno, o Banco observou sinais que sugerem uma moderação incipiente no crescimento, embora tenha ressaltado que isso faz parte do processo de transmissão da política monetária e é um elemento necessário para que a inflação convirja para a meta.
"O comitê monitorará de perto a atividade econômica e reiterará que a desaceleração da demanda agregada é um elemento essencial para o reequilíbrio da oferta e da demanda na economia e para a convergência da inflação para a meta", enfatizou.
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