Peter Navarro diz que a guerra tarifária "está indo de acordo com o planejado"
MADRID, 13 abr. (EUROPA PRESS) -
O conselheiro comercial da Casa Branca, Peter Navarro, evitou se referir às isenções às tarifas introduzidas neste fim de semana pelos EUA sobre produtos eletrônicos e estendeu a mão à China para pôr fim à guerra tarifária, desde que o gigante asiático estimule seu consumo interno e pare de se comportar como um "predador" às custas dos americanos.
Em entrevista à NBC, Navarro não quis se referir especificamente às isenções e limitou-se a garantir que qualquer decisão futura dependerá dos resultados da investigação que o Secretário de Comércio, Howard Luttnick, está realizando sobre as cadeias de suprimentos desses tipos de produtos.
"Em breve veremos medidas sobre esse tipo de investigação", disse Navarro durante uma entrevista à NBC na qual defendeu a estratégia comercial adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, diante das críticas de que suas decisões são erráticas.
"Isso está se desenrolando exatamente como esperávamos. O mundo está nos enganando. Está nos enganando há décadas. Eles estão nos enganando com tarifas, mas, ainda mais importante, estão nos enganando com as chamadas barreiras não tarifárias, como o IVA", disse Navarro.
"Nessa estratégia, o presidente diz: 'Vamos cobrar dessas pessoas o mesmo que elas nos cobram'", simplificou Navarro, antes de insistir na complexidade da questão.
"É fácil calcular o diferencial tarifário, mas as barreiras não tarifárias são muito maiores, e fizemos isso sabendo muito bem que muitos países viriam diretamente a nós para sentar e negociar", disse ele.
PEDE QUE A CHINA PARE DE SE COMPORTAR COMO UM "PREDADOR".
O assessor de Trump não confirmou se há atualmente contatos abertos com a China - "Fizemos um convite", limitou-se a afirmar - embora tenha assegurado que o presidente dos Estados Unidos mantém um "relacionamento muito bom" com seu colega chinês, Xi Jinping.
"Estamos passando por um período em que esperamos poder superar isso", disse Navarro, antes de justificar a necessidade de impor tarifas adicionais à China, a quem acusou de facilitar o tráfico da droga fentanil, de tirar "mais de cinco milhões de empregos na indústria manufatureira" e de realizar ataques informáticos.
"Precisamos ser claros quanto a isso. Dito isso, seria bom que a China fizesse o que precisa fazer, ou seja, que se movesse em direção a uma economia mais voltada para o consumo interno e deixasse de ser o predador do mundo", concluiu.
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