Pequim "ignorará" os novos aumentos de tarifas dos EUA e pede que Washington resolva as diferenças por meio do diálogo
MADRID, 11 abr. (EUROPA PRESS) -
O governo chinês decidiu responder ao último aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos às suas exportações, elevando a tarifa adicional sobre os produtos americanos importados de 84% para 125% a partir de 12 de abril, e indicou que, se Washington continuar a aumentar as tarifas sobre os produtos do gigante asiático, Pequim não responderá, já que, com o nível atual das tarifas, "não há aceitação do mercado para os produtos americanos exportados para a China".
"A imposição de tarifas anormalmente altas pelos Estados Unidos sobre a China viola seriamente as regras econômicas e comerciais internacionais, as leis econômicas fundamentais e o senso comum, e constitui uma prática totalmente unilateral de intimidação e coerção", afirmou hoje o Ministério das Finanças da China.
Assim, a Comissão de Tarifas do Conselho de Estado, de acordo com as leis da República Popular da China e os princípios básicos do direito internacional, "a partir de 12 de abril de 2025, as medidas de escalada tarifária sobre as importações de produtos originários dos Estados Unidos serão ajustadas".
Especificamente, as autoridades chinesas decidiram ajustar a taxa tarifária estipulada para as importações originárias dos Estados Unidos de 84% para 125%.
Pequim também ressaltou que, como no nível tarifário atual não há aceitação do mercado para os produtos americanos exportados para a China, "se os EUA continuarem a impor tarifas sobre os produtos chineses exportados para os EUA, a China as ignorará".
Por sua vez, um porta-voz do Ministério do Comércio da China reiterou hoje a "firme oposição" da China e a mais veemente condenação das decisões tarifárias unilaterais "inescrupulosas" dos Estados Unidos, afirmando que a repetida imposição de tarifas anormalmente altas sobre a China pelos Estados Unidos "tornou-se um jogo de números, sem relevância econômica prática", o que apenas exporá ainda mais o uso de tarifas pelos EUA como ferramenta e arma para intimidar e coagir, "tornando-se uma piada".
"Os Estados Unidos devem assumir total responsabilidade por isso", disse a autoridade chinesa, observando que, sob pressão da China e de outros países, os EUA suspenderam temporariamente a imposição de altas tarifas recíprocas sobre alguns de seus parceiros comerciais, o que ele chamou de "um pequeno passo simbólico" que não muda a natureza dos EUA de buscar benefícios privados por meio de chantagem comercial.
"Se os EUA continuarem a brincar com os números das tarifas, a China irá ignorá-los", reiterou, alertando que se Washington insistir em continuar a violar substancialmente os direitos e interesses da China, Pequim irá revidar com firmeza e lutar até o fim.
Ele também lembrou a posição de Pequim em relação às relações econômicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos com base em benefícios mútuos, pois "em uma guerra comercial ninguém ganha" e o protecionismo não tem saída.
"A China está aberta a consultas com os Estados Unidos, mas ameaças e pressão não são a maneira correta de lidar com a China", disse ele, insistindo que os Estados Unidos devem resolver adequadamente as diferenças com a China por meio de um diálogo equitativo baseado no respeito mútuo.
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